PRINCÍPIOS CLÍNICOS EM SAÚDE MENTAL
O movimento anti-manicomial redimensionou as práticas e intervenções nos casos de doença mental. Resultado dos debates e mudanças nas políticas de saúde e propostas de integração social, a reforma psiquiátrica propõe a revisão do lugar da loucura no campo da saúde, mas também da sociedade. Proposta de reinserção social que deve estar articulada à escuta cuidadosa das manifestações da loucura, única chance em direção à tão esperada inclusão, por dar lugar ao que ali se expressa de mais particular. Recolher o que o doente tem a dizer, na contramão das práticas vigentes, que se acreditam detentoras de um saber prévio, que daria as condições de dirigir a vida do doente.
VERÔNICA DE FÁTIMA SALVALAGGIO – PR
- Graduada em Psicologia pela Universidade Tuiuti do Paraná (1984);
- Especialização em Origens Filosóficas e Científicas da Psicologia pela Universidade Federal do Paraná (1987);
- Mestrado em Sociologia pelo Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná (2018).
- Atuo em Psicologia Clínica desde 1985.
- Nos anos 90 realizei atendimento psicológico em Ambulatórios com convênio INAMPS (como era denominado na época) e iniciei docência no Ensino Superior junto à FESP, Faculdades Espírita, Tuiuti e Positivo.
- Entre 2008 e 2014 realizei Supervisão Clínico-Institucional mediante Programa QUALI-CAPS, do Ministério da Saúde.
- Desde o início dos anos 2000, desenvolvo Coordenação Acadêmico-Pedagógica em cursos de Especialização na área da Saúde Mental e Psicopedagogia;
- ocupo a função de Supervisão Educacional em instituição de Pós-Graduação; ministro aulas em cursos de Especialização, presenciais e à distância, nas áreas da Saúde e da Educação, com ênfase em Psicologia Geral, Social, da Educação, do Desenvolvimento e da Aprendizagem;
- realizo Orientação de Trabalhos de Conclusão em Cursos de Especialização.
Publico-alvo:
Todos aqueles que se interessam pela Psicanálise, mas que em geral são profissionais da área da Psicologia, Medicina, Direito e Filosofia.
Data e Carga Horária:
02/06/2019 | 08 horas | 8h:30 às 17h:30
Conteúdo Programático:
- – História do conceito de Saúde Mental: percorrer “A História da Loucura”, chegando ao atual conceito e proposta de atenção à saúde mental, assentados nas novas políticas de atenção psicossocial e trabalho em rede.
- – O Nascimento da Clínica: terá a medicina esquecido suas origens? … assim como cada indivíduo esquece sua própria gênese psíquica!?
- – Diagnóstico em psiquiatria e em psicanálise: estruturas e conceitos divergentes; o normal e o patológico; do discurso da moralidade ao discurso da subjetividade.
- – “A escuta da diferença na emergência psiquiátrica”: Seguindo Claudia Corbisier, ir do prontuário ao nome do paciente; escuta e acolhimento; urgência e emergência.
- – Medicalização da vida: atuais mecanismos para conter as expressões da subjetividade.
- – Alguns Casos Clássicos da prática psicanalítica: em conexão com o campo psiquiátrico.
- Citações:
- “O ser humano, há séculos, sofre e sente dores. diante do sofrimento e das dores, há séculos, ele apela para que alguém lhe proporcione alívio. essa situação cria o espaço para o aparecimento de pessoas que se propõem a ajudar os outros. nasce o chamado médico primitivo, parente distante e, ao mesmo tempo, próximo do médico atual” (Priszkulnik, Léia. Clínica(s): Diagnóstico e Tratamento).
- “No hospital geral o tempo se presentifica por sua dimensão cronológica – as intervenções médicas que requerem um tempo contado – e pelo contato com a morte. […] Na urgência da vida no hospital, por vezes, o que verificamos é um apagamento do sujeito diante do real do Outro absoluto, representado pelo tempo e pela morte. Ou seja, diante do inesperado, da iminência da morte, o sujeito fica sem palavras, imerso num sofrimento inefável” (Albertin, Sonia & Americano, Bruna. A psicanálise e a clinica nas urgências)
Investimento:
Local do Curso:
Unidade Faculdade Inspirar Curitiba/PR
R. Inácio Lustosa, 792 – São Francisco, Curitiba – PR, 80510-000